o0o A Companhia de Artilharia 3514 foi formada/mobilizada no Regimento de Artilharia Ligeira Nº 3 em Évora no dia 13 de Setembro de 1971, fez o IAO na zona de Valverde/Mitra em Dezembro desse ano o0o Embarcou para Angola no dia 2 de Abril de 1972 (Domingo de Páscoa) num Boeing 707 dos Tams e regressou no dia 23 de Julho de 1974, após 842 dias na ZML de Angola, no subsector de Gago Coutinho, Província do Moxico o0o Rendemos a CCAÇ.3370 em Luanguinga em 11 de Abril de 1972 e fomos rendidos pela CCAÇ.4246 na Colina do Nengo em Junho de 1974. Estivemos adidos em 72/73 ao BCav.3862 e em 73/74 ao BArt.6320 oOo O efectivo da Companhia era formada por 1 Capitão Miliciano, 4 Alferes Mil, 2 1º Sargentos do QP, 15 Furriéis Mil, 44 1º Cabos, 106 Soldados, num total de 172 Homens, entre os quais 125 Continentais, 43 Cabo-Verdianos e 4 Açorianos» oOo

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Reveillon 73/74 e o Pessoal da AM.44

O final de ano de 73 aconteceu a um Domingo segundo o bate estradas (aerograma) que tenho aqui á mão para consulta...!! Reza a história que o MVL nessa semana que transportava alimentos frescos e hortaliças para a passagem de ano ficou retido no Luvuéi de Quarta para Quinta-feira, por causa da ponte do Rio Luio, que tinha sido sabotada segundo boatos de alguns, ou que tinha algumas travessas do tabuleiro rodoviário em mau estado segundo relato de outros, provocou a degradação de alguns produtos face às temperaturas elevadas da época, e levando á ruptura do stock alimentar das unidades estacionadas neste subsector e na qual se incluía a cart3514, não fosse a grande amizade e empatia que reinava na altura com a rapaziada da FAP estacionada no AM.44 em Gago Coutinho, o final desse ano teria sido passado a trincar umas caixas de ração de combate, não eram más em tempo de crise, costumavam até servir como moeda de troca, nos negócios de ocasião com a população, “o chamado pagamento em géneros”.
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O Parreira o morteiro a caça e o hélio
Logo que o alarme soou a rapaziada tomou as devidas precauções enviando um convite com "o relatório de operações" aos camaradas do bivaque para uma visita ao Nengo, na manhã de sábado, bem cedo aterrava um helicóptero no pelado do destacamento, um briefing no local para acertar agulhas, embarcar os homens do gatilho e levantar, logo na primeira saída, numa rasante á chana do rio, o Medeiros e o Parreira descobriram e abateram duas peças de caça, um Nunce e um Sengo pastavam camufladas no meio do caniço e do capim, fácil demais, devido á pouca mobilidade dos animais dentro deste ambiente aquático, com metro e tal de água.

No regresso sobrevoando a mata em direcção a "charlie" detectaram uma manada de Gungas na orla duma clareira, foi chegar largar a carga e abalar, ao chegarem ao local só conseguiram localizar dois animais e abater uma fêmea com quase meia tonelada, demasiada carga para o guincho do zingarelho pensaram eles.
Tiveram de regressar ao destacamento e mobilizar uma berliett para ir ao local buscar o animal, missão não conseguida por causa de uma linha de água, que não conseguiram transpor devido a atascanços sucessivos. Só havia uma possibilidade, lançar o cabo do hélio em volta do pescoço e tentar elevar o animal do solo. Nunca acreditaram ser possível tal transporte, com a máquina nos limites da potência e a perícia do Piloto, sem margem para erros na execução de manobras, conseguiram subir e voar até ao destacamento chegando todos a bom porto, (a bom prato)
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Tipica ração de combate utilizada na guerra colonial por todos os combatentes em todo o tipo de operações, patrulhas, colunas, missões varias e em trânsito inter-unidades.
Incluía:
1 lata de carne
1 lata de peixe
1 lata de salsichas
1 lata de fruta
1 lata de leite
1 embalagem de pão, queijo, manteiga, compota e presunto
Nunca percebi o porquê da falta de talheres descartáveis na caixa, (Alguém andava na candonga) ...!! A faca de mato era a ferramenta multifunções, manicura a pés e mãos, abre latas, garfo, faca, colher, uma espécie de seis em um tipo canivete suíço.
Adeus até ao meu regresso

domingo, 27 de dezembro de 2009

Á 37 Anos o Natal passou por aqui...!!

Do ábum de César Correia


Bidonville do Nengo tinha apróximadamente o tamanho útil dum campo de futebol, estava ainda em fase de construção nos finais de 72, mas já com uma série de estruturas de apoio em pleno funcionamento: em primeiro plano a Secretaria do Comando e os aposentos de sargentos e oficiais, depois o posto de transmissões, depósito de géneros, aposentos do vago-mestre, serviços de saúde, armamento, cantina, refeitório, cozinha e padaria, torre do posto de sentinela, com o gerador e paiol instalados numa construção subterrânea. Todas as instalações tinham água para higiéne e duche em reservatórios construídos com bidons de combustivel.

Nesta imagem, ainda em fase de construção, os aposentos, arrecadação, oficina e anexos do parque auto-rodas, as tendas de campanha dos operacionais e o comando, lá em baixo a chana do rio Nengo a mata envolvente e a célebre picada entre Gago Coutinho e Ninda, cenário e palco de muitos medos, algumas emboscadas e muitas minas...!!
Adeus até ao meu regresso

domingo, 20 de dezembro de 2009

Boas-Festas de Natal

Na verdade, nos tempos que correm parece brincadeira desejar Boas Festas! Toda a gente se queixa, toda a gente conta os cêntimos porque quase não pode contar os euros, mas Natal é Natal, e não é por isso que vai deixar de ser a maior Festa de Família de todo o ano.
Hoje, não vou aqui deixar nada acerca da nossa história passada nas Terras do Fim do Mundo, quero antes deixar, se for capaz, palavras alegres, consiga o meu coração soletrá-las. Por isso, isto vai ser somente uma mensagem de Natal, para todos os que fazem parte da "Família Cart 3514" que estão espalhados por todas as terras deste país. Depois uma saudação, com particular carinho para os nossos camaradas de Cabo Verde. Por fim, como não podia deixar de ser, neste grande abraço incluo também todos os colaboradores deste blogue.
A todos vocês, eu desejo o NATAL, mais aconchegante...mais terno...mais amigo... mais FELIZ... cheio de tudo o que Vocês desejarem na companhia das Vossas Famílias.
Mas além de tudo isto, eu não resisto, e assim a modos que para terminar, um voto especial de Boas Festas à Família do nosso saudoso Zé Abreu. No dia de Natal, quando levantar o meu copo o primeiro brinde o meu primeiro pensamento será para ele, que lá onde estiver, não deixará de sorrir aberta e francamente como era seu apanágio, nos tempos que passou connosco.
Para todos, mesmo todos um forte abraço.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Natais no Leste de Angola

Caros Camaradas “Panteras Negras”:
“Recordar é viver”, lá diz a velha sabedoria popular!...E, como sempre, verifica-se que a sua sabedoria secular e, até talvez, quem sabe, milenar é, durante todos esses séculos e milénios, muito respeitada, por ser o repositório valioso de todas as vivências e experiências acumuladas pelos nossos antepassados e que nunca deve ser menosprezado. Nesta ordem de ideias, proponho-me hoje, em união espiritual convosco, recordar os Natais que, desde o ano de 71, até 73, da centúria passada, passamos juntos e em comunhão familiar e que deixam dentro de nós uma suave nostalgia dessas datas que já vão tão distantes no tempo, mas que, dificilmente se esquecerão pois tal é, de facto, impossível, porquanto nos deixaram marcas indeléveis que permanecerão para sempre na nossa memória, tanto individual como colectiva.
E, assim, começo com o Natal de 71: Esse, não o passámos juntos, uma vez que estávamos em Évora na formação da CArt 3514!... Passei-o eu, nos Açores e vós, nas vossas terras de naturalidade. Esse apenas ensombrado pela natural preocupação de saberdes que, dentro em pouco tempo, teríeis de partir como mobilizados para uma guerra, num continente com ambiente e clima completamente diferente daquele a que estáveis habituados e, ainda com a agravante de, como disse acima, irdes para uma guerra, enfrentando todas as incógnitas que uma tal situação acarreta: Regressaremos?... Quando?...Como?... Não regressaremos?... Porquê?... Podem crer, mas devem sabê-lo, que eram perguntas para as quais haviam muitas respostas e, algumas delas, não muito agradáveis de ouvir ou sequer pensar nelas!...
Felizmente, apesar de, logo no início da nossa missão (7/5/72), termos tido o azar de perdermos o primeiro elemento, o 1º.Cabo Ernesto Gomes, passados pouco mais de 2 meses; o segundo, Joaquim Ricardo (23/8/72), a nossa Companhia, podem crer, foi abençoada neste campo, se compararmos as nossas perdas com a de outras infelizes Companhias que perderam muitos, muitos mais que estes que nós perdemos...!
O segundo Natal, passado na guerra, foi para mim e para alguns (não para todos vós), passado em Gago Coutinho!... Não me esquece o espectáculo de Natal realizado no palco montado num salão do Quartel do BCav.3862 “ Cavalo Branco”, já nem me lembro bem se era no refeitório da Praças. Lá esteve, entre outros, a actuar com uma canção em italiano, o nosso 1º Cabo Socorrista António Elísio Soares, que cantou mais outra, muito cómica, que contava a história: “Era uma vez um chouriço a assar!...” Enfim!... Recordações que não esquecem, do Natal de 72..!! Do Natal de 73, esse já passado no Nengo, tenho as melhores recordações!... O Camarada Fur. Soares, nesse Natal, de saudosa memória, empenhou-se em ensaiar um Grupo Coral, com um reportório composto maioritariamente de peças musicais natalícias, tais como o “Oh Holly Night”, cantado em três línguas: Português, Inglês e Francês, o “Silent Night”, em português, o” Primeiro Natal”, em português, o “Lullaby”, de Brahms, também em português e uma canção de protesto de Francisco Fanhais, “Vemos, ouvimos e lemos”. Estou aqui a lembrar-me de que, se a última peça do programa fosse ouvida por uma certa “Polícia” que estava bem perto de nós, estaríamos todos numa embrulhada séria, pois que tal cantiga estava interdita em Portugal pelo regíme em vigor!... Do referido Grupo Coral, fazia parte eu próprio, entre outros camaradas, de entre os quais recordo o Carrusca, o Paulo Ribeiro, o Vitor Dinis e muitos outros, dos quais já me não recordo.
Desse último Natal em África, mais própriamente no Leste de Angola, não tenho qualquer imagem, mas para isto não ir assim, sem ilustração, pois ficava um bocado defeituoso e, para não ser assim, vou anexar uma foto, inédita neste Blogue e de que vou identificar os respectivos figurantes: São só dois e muito conhecidos de todos: Um deles, sou eu próprio e o outro, o nosso Fur. Serviço Mat. António Duarte.
Este já está, contra o que é habitual, excessivamente longo e, deste facto, peço que me desculpem.
Por fim, só me resta reiterar os votos, já emitidos no “post” anterior, de Bom Natal para todos os Camaradas Colaboradores, todos os “Panteras Negras” e familiares e ainda para os eventuais visitantes deste Blogue.
Até breve e um abraço do Amigo
Botelho

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Boas-Festas


Caros Camaradas "Panteras Negras":
Nesta Quadra Festiva venho, apresentar aos Colaboradores deste Blogue e a todos os elementos da ex-CArt 3514 "Panteras Negras", os melhores desejos de um Santo Natal, na companhia de todos os vossos familiares e que a Alegria, a Paz, a Saúde, o Amor e a Solidariedade próprias desta data, sejam os luzeiros que acompanhem as vossas existências agora e durante todas as vossas vidas.
São estes os sinceros votos do vosso Camarada e Amigo,
Botelho

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Lumbala Nguimbo


Rei dos Bundas defende educação correcta da juventude
O rei dos Bundas, Mwene Mbando III, disse domingo, na Vila de Lumbala Nguimbo, província do Moxico, que o desenvolvimento do país passa pela educação correcta da juventude.
Interpelado pela Angop, a margem do acto provincial das comemorações do dia nacional do educador, assinalado a 22 de Novembro, o soberano do Povo Bunda argumentou que a educação dos filhos é de extrema importância, pois visa incutir nas crianças, enquanto pequenas, as normas de boa convivência na sociedade onde estão inseridas, para além da instrução académica.
Lembrou que o programa do ensino e aprendizagem compreende duas partes, a primeira parte da família, a criança é ensinada como lidar com os outros, isto é "não ofender, roubar e respeitar os mais velhos" e a segunda consiste na dedicação e assimilação das matérias dadas nas escolas.
O Rei aproveitou a oportunidade para chamar atenção aos encarregados de educação nas áreas rurais, que levam consigo as crianças às lavras nos dias normais de aulas, a fim de deixarem essa prática, que para si contribui na elevada taxa de analfabetismo infantil, perigando o futuro do país.
Mwene Mbando III aconselhou a cooperação entre os encarregados de educação e os professores para se garantir o sucesso escolar.
O Rei Mwene Bando IIIº foi empossado em Agosto de 2008 e tem o seu embala na vila de Lumbala Nguimbo, sede municipal dos Bundas.

Lumbala Nguimbo

Direcção da Educação entrega estímulos aos professores destacados no Moxico
Luena - Vários professores que se destacaram durante o ano lectivo 2009, na província do Moxico, beneficiarão de estímulos materiais, no âmbito dos festejos do dia do educador, 22 de Novembro, na Vila de Lumbala-Nguimbo, município dos Bundas.
Segundo um programa elaborado pela direcção local da Educação, Ciência e Tecnologia, que a Angop teve acesso hoje, quinta-feira, o acto provincial será orientado pelo Governador da província, João Ernesto dos Santos "Liberdade", depois da deposição de uma coroa de flores no túmulo do soldado desconhecido.
No acto, serão entregues prémios aos finalistas do quadrangular de futebol disputado entre as selecções de professores do ensino primário, II ciclo e da escola de formação de professores.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A Malta vai "Ressuscitando"

Encontrei o Luis Fernando Pereira Rego

Do álbum de Bernardino Careca - Manuel Cardoso da Silva, Carlos Diogo e Candeias Careca na companhia do Fernando Rego na apresentação do seu ARRI BURRO
Há dias falei com o Fernando Carrusca por causa do nosso próximo encontro, e da necessidade de me enviar o dossier dos contactos da rapaziada, afim de começar a elaborar o programa para 2010, falamos dos que ainda não compareceram aos encontros e de entre eles o camarada Rego que é o Presidente da Associação Musical de Freamunde, sua terra natal, telefonei ontem, falamos bastante tempo sobre o passado, os encontros, os companheiros de então, dos tempos do Nengo, das futeboladas em Gago Coutinho, pois também fazia parte da equipa da Cart e raramente faltava á chamada. Envia um grande abraço a todos os companheiros e em especial ao pessoal das TRMS onde desempenhava funções como 1º cabo cripto, deixou a promessa de para o ano poder estar presente em Fátima no próximo encontro.

domingo, 15 de novembro de 2009

"A Leste, o Paraíso...!!!" (2)

Rio Luio 15 Novembro 1973
O conhecimento da existência de um grupo numeroso de guerrilheiros do MPLA, que se movimentavam nas zonas do Luvuei, Lutembo e Gago Coutinho, desencadeou a operação Barbado E/H, sob o comando do capitão Ovídio Rodrigues, do CIC, que se deslocou por via aérea e se juntou à 2042ª C.C. em Gago Coutinho.
Os primeiros quatro grupos a serem lançados no terreno, saíram do Luso na manhã do dia 14 de Novembro 73 em viaturas auto para Gago Coutinho onde chegaram de tarde. No dia 15 de Novembro foram lançados de acordo com o plano da operação, três grupos nas zonas previstas, tendo ficado no quartel de Gago Coutinho o grupo de alerta e as equipas de defesa imediata.
Os outros dois grupos, o 1º e o 3º, saíram do Luso na manhã do dia 15 rumo a Gago Coutinho. Na estrada de asfalto que ligava o Luso a Gago Coutinho, próximo da povoação do Luvuei, um numeroso grupo de guerrilheiros do MPLA realizou uma das mais bem sucedidas emboscadas contra as nossas tropas, não só pelo número elevado de mortos e feridos que nos infligiu, mas também pelos estragos causados sobre o material.
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Unimog da 2042º CC, atingido e danificada por fogo In na emboscada do rio Luio
A posição mais que passiva do comandante da esquadrilha de helicópteros, bem como a reacção estranha de um dos dois pilotos de T6 que levantaram do Luso, fez dos operacionais destes dois grupos combatentes heróicos. Contra um inimigo em muito maior número e detentor da surpresa, bem posicionado, com um potencial de fogo elevadíssimo e que dispôs sempre do controlo da situação, foram capazes de empreender a reacção à emboscada de modo a alterar os seus propósitos, repelindo-o ao fim de quase uma hora de combate. Quando o grupo de alerta e os operacionais pára-quedistas chegaram ao local em viaturas auto, já o inimigo tinha retirado com um morto confirmado e um elevado número de feridos. Os nossos 5 mortos e 15 feridos graves foram evacuados para Gago Coutinho e daqui para o Luso. Apesar da heróica reacção, teremos vivido o dia mais amargo de toda a história dos Comandos Portugueses. Esta emboscada, fez abortar a operação Barbado E/H, tendo os grupos que se encontravam no mato sido recuperados de imediato para Gago Coutinho. A companhia saiu nessa noite de Gago Coutinho, pernoitou na unidade militar do Luvuei e seguiu para o Luso no dia 16 de Outubro, com pesadas baixas e poucos resultados.
Considerando as baixas sofridas nesta emboscada e a falta de comandante de companhia, alguns responsáveis militares colocaram a hipótese da sua dissolução e distribuição por outras companhias. A nomeação para comandante da companhia, do tenente comando Isaías Pires, no dia 7 de Dezembro de 1973, fez cair a ideia de dissolução.
Informação e imagem em ( http://www.2042comandos.com/ )

domingo, 1 de novembro de 2009

Estórias d´Angola

Em de 73 vim passar as férias á Metrópole, e por mero acaso na companhia do “Luís”, o que de facto era uma mais valia, mas por outro lado não deixava de ser uma grande aventura, viajar com este grande companheiro, era o homem das facilidades, como todos decerto ainda se lembram, mas ás vezes dava buraco. E para começar em Gago Coutinho trocámos o MVL por uma boleia semi-clandestina no Nordatlas, depois duma ajuda no carregamento dos sacos do SPM (correio) mas só a meio caminho soubemos a rota do “Barriga de Jinguba”. Na pista do Cazombo corremos o risco de ficar em terra por falta de lugar depois de acomodarem dois grupos de Paraquedistas, mas lá tiveram compaixão e acabaram por nos transportar até ao Luso. No dia seguinte iniciamos mais uma etapa agora de comboio (Mala), através do CFB para Nova Lisboa em 1ª classe, mas com bilhete de 2º, depois duma longa conversa do “Luís” com o Pica (Revisor).

Gago Coutinho 1973 - António Carrilho e o Parreira numa farra no Musseque
Chegados a Luanda tínhamos de nos apresentar no QG, afim de nos averbarem na guia de marcha a autorização de embarque para a Metrópole, como ele tinha o cabelo demasiado grande um Capitão que estava de serviço na secretaria do comando, convidou-o a ir ao barbeiro e voltar lá com o cabelo devidamente aparado. Grita ele á saída, cortar o meu rico cabelo agora que vou de férias nem pensem em me tocar no capacete, passámos o resto da tarde na baixa da cidade e barbeiro nada. À hora do jantar bem tentei persuadi-lo, impossível, não estava para ai virado, saímos para beber uns copos até ás tantas da madrugada. No regresso começa com uma ladainha e diz-me em jeito de desafio, Carvalho amanhã vais me fazer um favor, convenceu-me a pegar na guia de marcha e na papelada e fazer a apresentação em seu nome, um pé de cabra que me podia ter custado as férias, mas naquela altura a malta não pensava direito, a amizade o companheirismo e a adrenalina compensavam o risco. O 1º Sargento que estava nessa manhã de serviço ao balcão da secretaria do QG mirou a papelada de soslaio, pegou no carimbo e já está, correu bem, bem de mais para ser sincero, mas sai mudo e nervoso. Caminhávamos rua abaixo, quando o “Luís” me diz, queres passar pelo hotel?
Não estou a perceber, voltar para trás..! Dispara ele com ar de gozo, para ires trocar de fraldas, vens com um cheiro esquisito.
Adeus até ao meu regresso.

sábado, 24 de outubro de 2009

Colina do Rio Nengo

Imagens d`outrora
Imagens da evolução do destacamento-base construído pela cart3514 na colina do Rio Nengo a meio caminho na picada de Gago Coutinho para Ninda no ano 72 do século passado


Do álbum de Serafim Gonçalves - Numa fase adiantada de construção
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Do álbum de Manuel Parreira - Numa fase primária de construção
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Do álbum de Araújo Rodrigues - Pôr de sol no leste

Do álbum de Araújo Rodrigues - Pôr de sol sobre o Destacamento

Do álbum de Dias Monteiro - Tempestade africana sobre o Nengo

Do álbum de Manuel Parreira - Posto de sentinela ao pôr do sol

Do álbum de Manuel Parreira - Pôr do sol sobre o Nengo

Do álbum de Serafim Gonçalves - Posto das Transmissões

Do álbum de Bernardino Careca - Rotunda no centro do destacamento

Do álbum de Serafim Gonçalves - Pedestal com mastro da bandeira e Brasão da Cart3514

Do álbum de Araújo Rodrigues - Panorâmica do destacamento-base na colina do Nengo.
A construção deste destacamento nasceu da imaginação e vontade de um grupo de Camaradas e do apoio e ajuda de todos os outros que nesta obra participaram de algum modo, na perspectiva de tornar a estadia os serviços e tudo o resto mais funcional, mais limpo mais seguro, enfim mais agradável. Os materiais usados na estrutura do esqueleto foram troncos de madeira seleccionados na mata a pedido dos mestres da obra, as paredes eram construídas com chapas de bidons de alcatrão depois de cortados e endireitadas com os cilindros de compactação, o chão de cimento e os tectos em chapa ondulada de zinco cobertos com capim para isolamento térmico.

domingo, 18 de outubro de 2009

"A Leste, o Paraíso...!!!" (1)

Luso, 29 de Setembro 1973
A companhia saiu do Luso em coluna militar com destino a Ninda, povoação situada a cerca de quinhentos quilómetros do Luso e a sul de Gago Coutinho para em conjunto com a 2041ª C.C. realizar a operação Coimbra 300 E/H.

Imagens do álbum de Manuel Parreira - Apoio aéreo montado na picada junto á ponte do rio Nengo de onde foi lançada um grupo de combate héli-transportado. Na imagem alguns camaradas da Cart3514 que participaram na protecção, segurança e logistica. Á direita um camarada Caboverdiano e á esquerda os Furriéis, Ramalhosa, Dias Monteiro, António Soares com o Alf. Araujo Rodrigues na companhia da tripulação do Puma da South African Air Force .
A 2041ª C.C. assim como a esquadrilha de helicópteros da Força Aérea Portuguesa, estavam já nas zonas de intervenção desta operação. Uma breve paragem em Gago Coutinho, para reabastecimento e de novo em marcha em direcção a Ninda, aquartelamento de infantaria a partir do qual os militares da 2041ª e da 2042ª, foram lançadas por meios héli nas zonas de guerrilha.
A partir do destacamento do Nengo, 30 quilómetros a sul de Gago Coutinho no caminho para Ninda, um grupo foi lançado de helicóptero, para uma acção de apoio a forças da 2041ª C.C. cuja missão era atacar um acampamento militar, onde estaria um grupo de guerrilheiros equipados com armas ligeiras e um canhão sem recuo de 75mm. A companhia continuou a viagem, agora por picada até Ninda, onde chegou ao princípio da noite. Ao longo da pequena pista de aviação onde se encontravam estacionados os meios aéreos de transporte e apoio, dois aviões de combate T6 e sete Allouetts III da FAP, foram montadas as tendas de campanha para abrigar os militares operacionais e da formação.

Largada de um grupo de combate na imediação dum objectivo IN
Os grupos da 2041ª e da 2042ª C.C. iniciaram as acções da operação Coimbra 300 E/H, a partir de Ninda, no dia 30 de Setembro de 1973, desenvolvendo acções junto à fronteira com a Zâmbia e a sul de Ninda. Permaneceram no acampamento, em apoio aos grupos em actividade operacional, o grupo de alerta e as duas equipas de defesa imediata. Nem os grupos da 2041ª nem os da 2042ª C.C. envolvidos nesta operação, tiveram contactos de relevo com o inimigo. No entanto e num golpe de mão bem sucedido, um dos grupos da companhia lançado sobre local de actividade inimiga, detectado pela esquadrilha de helicópteros da Força Aérea Sul Africana, no regresso de uma viagem de largada, capturou sem resistência uma série de armamento entre os quais o já referido canhão sem recuo de 75mm.
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Reabastecimento das aeronaves envolvidas no apoio aéreo e transporte das NT.O regresso ao Luso em meios auto deu-se no dia 18 de Outubro, com um ferido ligeiro e com material capturado: uma espingarda automática PPSH, quatro morteiros 82, um canhão sem recuo de 75mm, uma granada de mão, carregadores e munições.
Já no Luso, a companhia recolheu ao quartel, onde se instalou e se preparou para novas intervenções. Esta primeira operação realizada no leste de Angola concedeu-nos outro tipo de experiência. As acções de contra-guerrilha teriam aqui que ser feitas de forma um pouco diferente das que tínhamos realizado na ZMN. O terreno quase sempre plano, com poucos desníveis mesmo na proximidade de linhas de água, proporcionava andamentos mais fáceis e rápidos mesmo fora dos grandes espaços abertos conhecidos como “chanas”. Para quem tinha estado no norte, a caminhar com dificuldade nas densas matas que ora se desenvolviam em vales profundos ora em montanhas íngremes, matas tropicais cheias de arbustos fechados, de lianas que se prendiam ao equipamento, de humidade e calor, este tipo de terreno apresentava-se bem mais agradável. As formações de combate, em linha, em cunha, em L ou em U, que este tipo de terreno permitia, proporcionavam na marcha para os objectivos ou no assalto a estes, maior poder de fogo contra o inimigo. Todavia e ao contrário do norte, esta zona leste de Angola, muito fria durante a noite e madrugada e muito quente durante o dia, obrigava a um controlo apertado sobre o consumo de água.
informação - http://www.2042comandos.com/

sábado, 10 de outubro de 2009

História - Rota Agostinho Neto

Trilhos e rotas de infiltração dos guerrilheiros IN, (MPLA UNITA e FLNA) no sector do Moxico e bases de apoio na Zâmbia junto á fronteira leste de Angola no inicio da década de 70.
A Rota Agostinho Neto constituiu a grande operação do MPLA no Leste de Angola, após ter obtido o apoio da Zâmbia para ali instalar bases militares, o MPLA pretendeu ligar a sua 3ª Região Militar, o Leste, à sua 1 ª Região Militar, o Norte, progredindo primeiro ao longo do caminho de ferro e depois em direcção a Malanje. Nesta operação o MPLA empenhou as suas melhores forças e comandantes e foi ao longo desta «Rota» que se desenvolveram os grandes combates entre aquele movimento e as forças portuguesas da Zona Militar Leste. Nos primeiros meses de 1970, o MPLA concentra esforços no Leste de Angola, procura abrir um corredor em direcção ao Norte através do Planalto Central, coração económico da província e importante região estratégica, designa os melhores chefes militares, Petroff e Iko Carreira.
"General Costa Gomes"
A investida do MPLA no Leste de Angola, a partir de bases na Zâmbia, coincide com a nomeação do General Costa Gomes para substituir o General João Anacoreta de Almeida Viana, oriundo da Força Aérea, como Comandante Chefe desde 1967, e altera todo o dispositivo militar ao transferir o centro de operações do norte para leste de Angola, esta reviravolta obrigou à criação da Zona Militar Leste (ZML)
"General Bettencourt Rodrigues"
Costa Gomes entregou o comando da Zona Militar Leste ao General Bettencourt Rodrigues que conhecia bem a guerra, que se travava em África, ainda como major, em 1962, desempenhou o cargo de Chefe do Estado Maior da Região Militar de Angola, em que reorganizou as forças portuguesas e contribuiu para a criação dos primeiros grupos especiais de Comandos.
"Vitória a Leste...!!"
Com Costa Gomes, estrategista de mérito, as forças militares tinham pela primeira vez na história da guerra em Angola um objectivo claramente definido, evitar que o Planalto Central fosse flagelado. Regressou à Metrópole, em meadas de 1972, para o cargo do chefe do Estado Maior General das Forças Armadas. Deixou as tropas portugueses à beira da vitória em Angola, e para surpresa o uso de cavalos no teatro de operações no Leste de Angola, embora fossem recrutas africanos os primeiros a experimentar o excelente meio de transporte. A explicação está na origem étnica, para a companhia inicial recrutaram-se Cuanhamas e Cumatos, no Sul do país. Eram guerreiros e nómadas os Africanos do leste tinham vida sedentária e medo das gungas, a escolha do tipo de cavalos utilizados nas operações no Leste de Angola foi feita na Argentina em 1970, com 225 cavalos que se revelaram muito bons. Uma curisiosidade os animais nunca eram ferrados para se movimentarem melhor no terreno arenoso.
Em 1973 fruto da acção militar portuguesa e de dissidências internas as forças do MPLA estavam numa posição defensiva, sem haverem alcançado o seu objectivo...!!
(informação, Dossiers Militares)

sábado, 3 de outubro de 2009

A Caminho das Terras do Fim do Mundo...

De Manuel Dias Monteiro
Junto da terra que me viu nascer, crescer, ir à guerra e regressar, formar família e viver actualmente, existe um lugar bem conhecido para as gentes do Norte, que se chama Cabo do Mundo.
Ironia do destino, ou não, despertei hoje na ideia de continuar a senda deste blogue, abrir o baú das minhas recordações e reviver o meu caminho até às Terras do Fim do Mundo...
Sacudo o pó da fotografia envelhecida e dou comigo em Nova Lisboa, actualmente denominada cidade do Huambo. Fica no centro de Angola, a cerca de 500Km da capital, Luanda, num planalto com cerca de 2000 metros de altitude, o que lhe confere um clima bastante mais moderado, com temperaturas amenas, sem o habitual calor africano. Aqui chegados, trocamos a fardinha domingueira pelo camuflado, sinal que daí para a frente as coisas seriam mais sérias.
O comboio, já nos esperava, esse sim, “já dentro dos carris” e o Luso, actual cidade de Luena, ainda ficava a cerca de 720 Km, sempre para Leste e em direcção à guerra.

Na estação do CFB em Nova Lisboa o saudoso António Carrilho, Dias Monteiro, Mauricio Ribeiro e António Escaleira
Para me despedir da “civilização” aproveito para dar lustro nas botas, requinte esse que, pela cara do nosso amigo, que se a memória não me atraiçoa, é o Escaleira, nosso futuro “maître-d’hôtel”, deveria estar a pensar com os seus botões: - Este “gajo” tem a mania que quer chegar à guerra “limpinho e sem moscas”!... - como dizia o saudoso Solnado.
No dia seguinte, depois de passarmos pelo “Munhango”, chegavamos ao princípio da tarde ao Luso e logo se encetaram os primeiros preparativos para darmos início à etapa final até ao nosso destino – LUANGUINGA – feita em transporte especial e em veículos descapotáveis, que no “puto” que, há dias, tinhamos deixado para trás, por mera coincidência e semelhança, era comum ser usado no transporte de gado. Mas foi assim que continuámos por muitos e muitos quilómetros, porque a nossa guerra ficava mais abaixo, segundo a placa de sinalização rodoviária que existia no LUCUSSE... era mais lá para baixo...para os lados do Fim do Mundo...

No Auto-Pullman a caminho do leste, Albertino Grilo, Dias Monteiro e José Pereira

No Lucusse uma pausa na viagem, Manuel Parreira, Raúl de Sousa e Dias Monteiro
Com a intenção de voltar a este assunto, envio-vos um grande abraço, desejando a todos que pertencem a esta grande família “CART 3514” muita saúde.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Memórias de Angola (Sob o "Cruzeiro do Sul")

(Sob o “Cruzeiro do Sul”)
Após um relativo afastamento, provocado por uma avaria do meu PC que teve que ir a Espanha por três semanas para reparação, cá estou de novo a dar sinal de vida e mais uma contribuição para o Blogue da CArt 3514, Panteras Negras.
Para esta coisa das escritas são necessárias duas coisas essenciais!...A primeira e mais importante é, como não podia deixar de ser, a inspiração; a segunda, mas não menos importante, é o assunto!...E isto é tão verdadeiro que se pode afirmar sem risco de mentir que, com a primeira mas sem o segundo, nada de jeito se pode fazer e, para agravar mais as dificuldades, é também difícil fazer algo apresentável, mesmo havendo o assunto, mas não havendo a inspiração. Em resumo, é necessário haver uma dose equilibrada de inspiração e assunto para conseguirmos uma coisa que seja apresentável e, porque não, agradável para se ler!...Confesso que é difícil arranjar um título diferente para estes “posts”, uma vez que eles forçosamente têm uma finalidade que, como é evidente, se destina e rememorar e reviver episódios da nossa vida e, por essa razão, lhe pus o sub-título que lá está!...
Recordar, reviver é, na realidade, o fim primeiro deste blogue e assim, com esse único fito, aqui segue ,em anexo, mais uma imagem que, tenho a certeza, não se encontra inserida no nosso Blogue e é, portanto, inédita!... Os seus figurantes, são: no 1º.plano, Cardoso da Silva, em pose de “cantor de ópera”, seguido de Borrego Parreira, em pose um tanto alheada e quase dormente, seguindo-se a minha pessoa, com um ar meio divertido, não se podendo dizer o mesmo de Raul Sousa, que está nitidamente divertido com a cena. No 2º.Plano, está o Duarte, em pose de regente de orquestra. O Liberto que está a seguir, está nitidamente espantado com a cena a que está assistir e, finalmente, o Diogo, está com ar grandemente duvidoso de toda a encenação. A localização, como não podia deixar de ser, no quarto dos Furriéis, Destacamento do Nengo, Comando da CArt 3514, Leste de Angola!...A causa do “meeting”: O aniversário de qualquer um dos graduados presentes!...O ano, é suposto ser 73/74!...
Quanto ao sub-título do “post”, vão desculpar-me, mas, meteu-se-me na cabeça recordar outros episódios passados em muitas noites naquela e noutras localizações, umas vezes só, outras acompanhado, em que me dava para me por a perscrutar e localizar nos céus as constelações estelares e de todas as possíveis de observar naquela latitude, a mais fácil de encontrar era o “Cruzeiro do Sul”, que fica pouco distante para sul, do zénite do local e quero dizer-vos que foi essa Constelação que deu muita protecção à CArt 3514 e aos seus Panteras Negras. Crendices?!?... Talvez sim e talvez não!... Quanto a outras constelações, conseguiam ver-se a “Cassiopeia, esta não todo o ano, mas apenas durante cinco ou seis meses, pois quando esta estava invisível, por se encontrar abaixo do horizonte norte, via-se então, em alternância, a Ursa Maior, nos restantes meses do ano.
E digo-vos: Eu gostava de me deitar no chão, em noites limpas de nuvens e ficar horas a observar o céu estrelado de África, mas isto, em lugares seguros, por causa da bicharada, pela qual tinha um respeito enorme.
E, pronto..! Por agora, não quero alongar-me com mais considerações para me não tornar fastidioso. Por isso termino, enviando cordiais saudações a todos os elementos da CArt 3514 e familiares. Igualmente envio saudações para os eventuais visitantes deste Blogue. Para os restantes colaboradores um grande abraço do Amigo Botelho
Até breve!...

domingo, 20 de setembro de 2009

3º Pelotão (2)

Do Álbum de José Moreira Barraca

Imagem do 3º Pelotão junto ao mastro da Bandeira Nacional no destacamento base do Nengo, com quase todos os camaradas que faziam parte deste grupo. Na fila 1: Eliseu Lopes, 1ºCabo Francisco Saramago, Barbosa das Neves (Hippy), António Matos, José Manuel Muleirinho Parreira (Parreirinha), 1º Cabo Enf. Zé Alexandrino Abreu, Santana Aguiar, Carreira, Gilberto Nunes e José Alves Ribeiro. fila 2: Francisco Varela, 1º Cabo José Moreira Barraca, Fur. José Manuel Carneiro Pereirinha, Cap. Rui Afonso Almeida Crisóstomo dos Santos, Alf. António Manuel Costa e Silva, 1ºCabo Joaquim Augusto Esteves, Manuel António Tavares, Fur. Manuel Cardoso da Silva, Fur. Manuel António Borrego Parreira, António Gomes, 1º Cabo Graciano Fernando Simões e Hermandino da Silva Nunes. fila 3: Lucilio Dias Rodrigues, Serafim Gonçalves, Mauricio Lopes, 1ºCabo António Lopes Guerra, ? , ? , Arlindo da Moeda, Eduardo Gonçalves, ? . Fica aqui um desafio aos camaradas deste grupo, identificar os três camaradas de Cabo Verde na foto....!!!!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Imagens D´Outrora

Esquadrilha de Alouetts III sobre o destacamento do Nengo, no regresso duma OP com apoio aéreo no lançamento de pessoal.
Nengo, Setembro de 1973 - Os últimos quatro meses de 73 foram tempos dificies no leste com uma série de operações militares com Páras, Fusos e Comandos, tentando estancar a actividade do IN na zona fronteiriça com a Zãmbia no corredor entre as bacias hidrográficas do Lungué-Bungo a norte e do Cuando a sul.
Nessa altura a Unita que até então tinha combatido o MPLA, com apoio operacional, material e logístico das N/T, rompeu o acordo...!! com o novo General Comandante Chefe da ZML, Barroso Hipólito, que veio render Bethencourt Rodrigues no Sector do Moxico. Diziam ter pacificado o Leste, neutralizado o Chipenda e acabado com a rota Agostinho Neto e não precisarem mais do Savimbi, até os dois bombardeiros T6 estacionados na AM.44 em Gago Coutinho regressaram à base mãe na A.B.4 em Henrique de Carvalho - Saurimo por determinação superior. Puseram o diabo á solta e quem se "fedeu" foi o mexilhão como sempre acontece com estas brilhantes decisões das Toupeiras de Gabinete.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Recordações D`Outrora

Do álbum de Manuel Araújo Rodrigues

Rio Lufuta, Maio de 1972 - Imagem duma visita de reabastecimento do 1º Gr. ao 4º Gr, que estava destacado na latriteira do Lufuta a meia dúzia de kms da comuna do Lutembo, sob uma cobertura de ramagem, estão sentados Araújo Rodrigues, de costas Maurício Ribeiro , Dimas e Dias Monteiro, em pé temos os camaradas, Rogério Santiago Duarte. Roque, Elísio Soares, Carvalho, Ângelo e Vítor Melo, em amena cavaqueira, tínhamos na altura quase dois meses de comissão que já pareciam uma eternidade.

sábado, 5 de setembro de 2009

Estórias d´Angola


A Cidade era um oásis...!!
Depois de alguns meses na mata, chegar ao Luso, era entrar noutro mundo, a cidade era um oásis, naquela parcela de Angola. A Vila de G. Coutinho ficava a sete ou oito horas de viagem, muita estrada, 400 kms. e pouco conforto, mas com vinte anos era chegar, poisar, mudar de farda e entrar na farra dois ou três dias. Desenfiei-me uma vez com o Luís, algures numa sexta-feira á boleia no jipão com o Mendonça, quem não se lembra daquela figura típica de camuflado, bota alta, chapéu de aba larga enfeitado com uma tira em pele de leopardo, trabalhava na JAEA, (Junta Autónoma Estradas Angola) como prospector geológico e analista de solos, era aventureiro, destemido, marado e louco, dizia adorar beber champanhe gelado na cascata, passei horas a ouvir as suas aventuras e fanfarronices, não havia nada igual no leste e arredores. Chegámos ao final da tarde à Residencial Kate-kero, onde acampamos naquele curto fim de semana, um banho para desencardir o coiro, o pêlo e as entranhas daquele maldito pó vermelho das Terras do Fim do Mundo, á civil e bem cheirosos, entramos nos encantos e recantos da noite, começando pela Pastelaria Cristália para matar saudades dum nata com canela, mais adiante rumamos ao Restaurante Bar Universo para jantar, um bife com ovo a cavalo e umas cucas, depois um salto ao Cine-Luena para ver uma cowboyada, na volta um gelado na Apolo 11, em frente, uns whisky no bar do Luso-Hotel, são duas da madrugada, estamos um pouco ébrios, decidimos rumar ao Pica-Pau, o ambiente está pesado, ficamos indecisos, somos convidados a sentar numa mesa de canto, dançámos o can-can e bebemos mais uns copos na companhia duma chavala, o álcool começa a toldar o capacete, o Luís não resiste ao impulso e entra na roleta, oferece duzentos, trezentos, quinhentos, duas de quinhentos em cima da mesa, mas a chavala não embarca no jogo, uma Quarentona com muitos kms de picada, redondinha e em bom estado de conservação, que estava a galar a cena, abeira-se da mesa, senta-se, e num gesto delicado arrecada uma nota na liga e devolve a outra, pedindo sorrateiramente, posso ir ter com vocês depois de sair..!! Onde estão hospedados? No doze do Kate-Espero respondemos..! Pagámos o estrago, e marchamos rua acima aos soluços, dois em frente um ao lado, entramos na residencial, damos o recado ao “mainato” da recepção e subimos as escadas, aterramos na cama com uma cardina de caixão à cova e adormecemos.
A manhã já ia alta quando acordo, dói-me a cabeça estou com uma ressaca do diabo, entreabro a janela, e reparo com espanto num biquíni vermelho pendurado numa cadeira..!! Grito... és um gajo porreiro...! Não me acordaste porquê…! Nem quero acreditar..! O Luís acorda assarapantado, olha para mim, mira o apetrecho na cadeira, e pergunta, a gaja a gaja..? Respondo, porra isso quero eu saber.!!
Adeus até ao meu regresso

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Caminhos D´Outrora

Do álbum de Manuel Parreira

POR TERRA - A picada que ligava G. Coutinho a Ninda era uma dor de cabeça, por causa das minas e das emboscadas, eram 90 kms de trilho em areia rodeados de mata a perder de vista, a que nos habituamos com o passar do tempo. Na imagem uma secção do 3º Grupo com o Zé Abreu de costas, Ermandino Nunes, Gilberto e Parreira na companhia dos restantes camaradas.

PELO AR - O perigo no sector operacional de G. Coutinho era uma constante, estampado nesta imagem dum Alouette III acidentado numa operação, a ser evacuado no guincho de um Puma

PELO MAR - Em tempo de chuva muitas vezes nos surgiu esta imagem com a picada submersa pelo transvazar de rios, linhas de água, ou baixios que se transformavam em lagos em poucos minutos, com trovoadas e chuvadas do outro mundo.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A Malta vai "Ressuscitando"

Do álbum de Bernardino Careca
- Elisio Soares, Careca, António Dias Freitas e Amorim dos Santos no destacamento do Nengo em 1973

Encontrei o nosso camarada António Dias Freitas, antigo Padeiro da Cart3514.
Há dias falei com o Barraca, na perspectiva de tentar localizar o Tavares que mora em Sandim, e também por causa do padeiro que mora no concelho da Feira, no lugar de Lobão segundo informação dado pelo Castro, pensei em fazer uma pesquisa na lista telefónica e fui aos correios, acabei encontrando um A. D. Freitas em Canelinhos a poucos kms. pensei que poderia haver duas pessoas na zona com a mesma identidade, mas ao fim da tarde resolvi desfazer o enigma, peguei no phone e disquei o número, do outro lado uma voz familiar, "estou quem fala" aqui é da guerra da 3514, "não estou a perceber" é o Carvalho da 3514 digo eu, oh carago, o furriel Carvalho, como é que deu comigo aqui na aldeia, nunca pensei que procurassem por mim tantos anos passados, temos que nos encontrar um dia destes, não se esqueça de dar um abraço do Padeiro á malta toda, nem quero acreditar..!!
Adeus até ao meu regresso

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Lumbala Nguimbo

Angola-Telecom inaugura sistema VSAT/rural
A população do município dos Bundas, província do Moxico, conta a partir de hoje (segunda-feira) com uma rede de telefonia fixa do sistema (VSAT) da Angola-Telecom, inaugurada, em Lumbala–Nguimbo, pelo administrador local, Augusto Júlio Kuando.
O sistema denominado (VSAT/rural) abrange também três comunas daquele município fronteiriço, nomeadamente, Lutembo, Louvei e Ninda, no âmbito de melhoria de condições das comunicações das populações com o mundo e resto do país.
No acto de inauguração, o administrador municipal, Augusto Kuando, sublinhou que o sistema de telefonia vai facilitar a comunicação entre os munícipes.
O responsável enalteceu, por outro lado, os esforços do governo na melhoria da circulação de pessoas e bens, ao ligar Lumbala – Nguimbo a cidade do Luena, através de autocarros públicos para o transporte da população a preços acessíveis (1.500 contra 2.500 Kuanzas anteriores).
O sistema VSAT/rural da Angola-Telecom já funciona em seis sedes municipais, nomeadamente Kamanongue, Cameia, Luau, Luchazes, Bundas e Moxico (sede).
noticia AngolaPress

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Rei Mwene Mbandu III visita os Bundas


Rei Mwene Mbandu III
O rei da tribo Bunda, Mwene Mbandu III, Lifuti Mbandu, valorizou, no último fim-de-semana, em Lumbala-Nguimbo, município dos Bundas, província do Moxico, os actos culturais, por constituírem alicerce de qualquer tradição. A autoridade tradicional, que fez esta consideração na cerimónia da celebração do primeiro aniversário da sua restituição ao trono, assinalado no passado dia 15 deste mês, disse ser importante a preservação dos valores culturais para que a sociedade aprenda a respeitar os mais velhos e seus costumes.Para o monarca, através da cultura a população compreende melhor os seus hábitos e costumes, evitando a perda da sua origem, identidade, bem como aprende a respeitar o próximo e a criar as boas maneiras. O rei comparou o homem sem cultura como "uma casa sem alicerce" e "árvore sem raízes", argumentando que "todo ser humano tem a sua tribo, cada tribo com sua cultura e perde-la é ser alvo da escravatura". De igual modo, o governador provincial, João Ernesto dos Santos "Liberdade", pediu a população a reflectir profundamente sobre a perca dos valores culturais, bem como procurar formas para o seu resgate. João Ernesto dos Santos reafirmou a vontade do Governo de apostar na recuperação do património cultural e valores morais e cívicos da população angolana, pelo que garantiu apoios para todas as forças vivas da sociedade que apresente iniciativas do género. A Angop soube das autoridades locais, que a data escolhida "Lisase Lya Miondo ya Nganga", em português "Cerimónia Memorial do Reinado Mbundas da Capital" será Celebrada anualmente. Explicaram que a efeméride representa o momento em que o povo da região Mbundas agradece a Deus pelos feitos realizados no período anterior. De acordo com a história, o povo Mbunda tem origem no grupo étnico Bantu, proveniente da Africa Central, nomeadamente, na região de Kola do império Luba e Rund do Congo (antiga República do Zaire).
AngolaPress

Comuna do Chiúme

Comuna do Chiúme com novas infra-estruturas
A comuna do Chiúme, no município dos Bundas, ganhará no final deste ano, uma nova sede administrativa e duas residências para o administrador e o seu adjunto, no âmbito do Programa de Investimentos Público (PIP) para a localidade.
As obras das infra-estruturas foram visitadas pelo governador provincial, João Ernesto dos Santos "Liberdade", no último fim-de-semana, tendo se manifestado preocupado pelo atraso registado na execução dos trabalhos, cuja conclusão está prevista para Dezembro deste ano.
A sede administração terá uma área administrativa com cinco gabinetes, sala de reuniões,
secretaria, sala de espera, refeitório e parque de estacionamento com capacidade para 10 viaturas. As obras, a cargo de uma construtora local, encontram-se na fase de instalação do sistema eléctrico, canalização de água, enquanto as residências esperam apenas pela cobertura.
Uma fonte ligada à empreiteira disse à Angop que os atrasos da execução da obra deve-se ao mau estado de conservação do troço rodoviário que liga Lumbala-Nguimbo/Luena, o que dificulta a transportação do material de construção.
Por outro lado, na comuna do Ninda, no mesmo município, o governante visitou o sistema de captação, tratamento e distribuição de água, que beneficiará cerca três mil e 250 habitantes.
O empreendimento que está na fase de instalação de tubos e montagem dos reservatórios de água com capacidade para conservar 20 mil litros enquadra-se no programa "Água Para Todos".

Lumbala Nguimbo

Camponeses beneficiam de tractores agrícolas
Quatrocentos e 23 camponeses, organizados em associações agro-pecuárias, no município dos Bundas, província do Moxico, beneficiaram hoje (domingo), de quatro tractores agrícolas, para apoiar no desenvolvimento da agricultura.
Em declarações à Angop, a administradora municipal adjunta dos Bundas, Maria Filomena Elisabeth Aires, disse que os tractores foram adquiridos no quadro do programa do governo local que visa apoiar os camponeses no âmbito de combate a fome e pobreza.
Maria Elisabeth Aires sublinhou que as máquinas vão auxiliar os camponeses na actividade agrícola mecanizada, para contribuir na diversificação da produção na região.
Pedro Catoti, um dos camponeses associados, disse que há muito esperava por este apoio, que para si, "constitui "uma mola impulsionadora" para o fomento agrícola no município.
"Com o apoio do governo muitos camponeses vão seguir o exemplo do associativismo", disse o interlocutor que pediu a abertura dos bancos que operam no Moxico na concessão de créditos para o fomento da agricultura na província.
Situado a 356 quilómetros, a sul do Luena, o município dos Bundas, com sede na vila de Lumbala-Nguimbo, é essencialmente agrícola, sendo potencial no cultivo de massambala, massango, mandioca, milho, feijão, amendoim (ginguba), entre outros produtos do campo.
AngolaPress

sábado, 15 de agosto de 2009

Reminiscências do Leste de Angola

Caros Camaradas:
Após uma ausência de cerca de um mês e meio resolvi, novamente, dar sinal de vida através deste meio de comunicação que, para mim, tem tanto valor como outro qualquer e, tudo isto para vos querer dizer que, apesar de ter estado ausente das páginas deste nosso Blogue e da vossa companhia durante tanto tempo, não deixei, por outro lado, de ter estado em comunicação muito mais frequente e particular com outros elementos da nossa CArt 3514 usando outros meios, tais como o telefone, o telemóvel, o e-mail e todos os outros instrumentos que, modernamente, estão ao alcance de muitos de nós.
Evidentemente que me não seria materialmente possível contactar-vos a todos pessoalmente por aqueles meios e assim, para contentar a todos em maior número possível, lancei mão deste meio com muito mais amplitude e possibilidades de contacto para, em simultâneo, mostrar que ainda ando por cá e levar-vos mais uma imagem de alguma ocorrência do passado, que nos fará reviver e recordar factos e pessoas que fizeram e, por incrível que pareça, continuam a fazer parte integrante da nossa vida actual e da nossa história pretérita que, por essa mesma razão, continua viva na nossa memória enquanto vivermos.Uma vez feito o preâmbulo deste post, venho apresentar-vos uma imagem que poderá ou não, ser inédita!...No entanto acho que deve ser, porquanto a fui encontrar um pouco afastada do conjunto de outras que tenho e que ainda não estava digitalizada como outras que possuo!...O certo é que não tenho ideia de, até hoje, a ter visto publicada neste blogue nem em qualquer outro álbum!...por isso vou anexá-la a este articulado, dê no que der, não interessa para o caso!...A foto em questão foi tirada na Messe de Sargentos no Destacamento Séde da CArt 3514, situado na Colina do Nengo, nos já distantes anos de 73/74 e assinala uma festa de aniversário que um qualquer dos “Panteras Negras” que figuram na mesma!...Não sei nem me lembro do mês nem do dia e o ano é um dos que foram ditos acima!. Na verdade, não há qualquer pista que permita precisar a data do evento e isso até não tem importância de maior, pois o que na realidade interessa é o facto em si, documentado da forma que está e isso já é suficiente. Documenta um determinado passo das nossas vidas, decorrido já há uns 35 para 36 anos!... E esse já longínquo tempo, apesar da situação real vivida naquele tempo, deixa nostalgia de muitas coisas: Da nossa idade, da nossa saúde, que não nos dava os problemas que nos dá hoje(para mim, a saúde está a anos-luz de distância da que tinha naquele tempo!) e, por ultimo, mas não menos importante, a camaradagem, a amizade, a boa convivência e a solidariedade que existia entre nós todos, sem distinção.
Passo agora a identificar os figurantes da foto que anexo: 1ª fila: Vicêncio Carreira, Liberto, Fur. Parreira e eu; na 2ª fila: Parreirinha, Fur. Duarte e Fur. Pereirinha.O post está a ficar longo e não tenho a pretensão de maçar nenhum de vós e, por isso, vou terminar enviando saudações para todos os elementos da CArt 3514 em geral e para os eventuais visitantes do Blogue. Envio finalmente um abraço amigo para todos os restantes colaboradores do mesmo!...
Adeus, até uma próxima oportunidade!...
Octávio Botelho

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Estórias de Caça (4)

Do álbum de Manuel Araújo Rodrigues

Na imagem o António Pinto e Vítor Melo a esfolarem este antílope macho, raro nos dias de hoje, pois consta na lista dos animais em vias de extinção ( Yellow backer duiker )
Estávamos em fins de 1973 acampados na Pedreira do Nengo, fazíamos protecção nessa altura á Brigada que andava a colocar o tapete de asfalto na rodovia entre o Nengo e o Luce, a rapaziada da secção que partia ao nascer do sol, quase todos os dias se cruzava a meio do caminho com um antílope de porte médio pele escura com uma malha no dorso traseiro, pescoço robusto com crinas, orelhas grandes, focinho parecido com o burro, mas o animal nunca dava hipótese de alguém levar a arma á cara, atravessava sempre a picada a correr e embrenhava-se em zonas de mata muito densa. O cabo Correia (carinhosamente apelidado de estrangeiro) que o baptizou de Burro do Mato, á muito tempo que andava a prometer metê-lo na panela, mas a canalha já gozava o prato e fazia troça sempre que viam o animal, oh nosso Cabo não vê que o bicho não tem nada de burro, tem é muitos anos de universidade.
Mais uma vez se cumpriu o velho ditado, por outras palavras, "tantas vezes o burro foi á fonte que um dia lá ficou " Na manhã da captura reparámos que o animal tinha dois pequenos chifres, e a malta gozava..! oh nosso Cabo, tem dois chifres, o quê, que conversa é essa...!!! O burro tem dois chifres nosso Cabo..! há, assim já estou a entender...!!
Adeus até ao meu regresso

domingo, 9 de agosto de 2009

Rede de Telefone fixo em Lumbala Nguimbo

Lumbala Nguimbo contará em Setembro com rede telefónica da Angola-Telecom

A Angola Telecom vai inaugurar, em Setembro, no município dos Bundas (Lumbala-Nguimbo), uma rede de telefónica fixa, anunciou hoje, domingo, a administradora municipal adjunta, Maria Filomena Aires.

Falando à Angop, Maria Aires enalteceu o empenho da direcção da Angola-Telecom em garantir o direito à comunicação à população da região, que dista a 356 quilómetros do Luena.

Afirmou que a inauguração do sistema de telefónica fixa é um dos ganhos da paz que o país vive há sete anos e que vai facilitar a vida dos munícipes e de seus familiares.

Maria Laurinda, de 30 anos de idade, funcionária pública, elogiou o Governo pela expansão dos meios de comunicação em benefício da população e fez votos que outros serviços públicos sejam instalados no município.

Para ela, o projecto é um passo rumo ao desenvolvimento do município e do país em geral, e espera que seja extensivo a todo território nacional.

No Moxico, o sistema da rede de telefonia fixa da operadora nacional "Angola-Telecom" já funciona nas sedes municipais de Kamanongue, Cameia, Luau e Luchazes, para além capital da província, a cidade do Luena.

noticia AngolaPress

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Parques de Campismo...!!!

Estes são os buracos a que empíricamente chamava-mos destacamentos, mas não deixavam de ter um certo conforto, tínhamos manga, cama e um tecto e geralmente tínhamos sempre linhas de água nas imediações...!!!

Do álbum do Manuel Parreira
Destacamento em plena mata, entre o Luati e o Mucoio na picada entre G. Coutinho e Ninda

Do álbum de Eduardo de Barros
Destacamento na margem do rio Luce entre G. Coutinho e Ninda

Do álbum de Bernardino Careca
Destacamento na comuna do Lutembo entre Luvuei e G. Coutinho

Do álbum de Eduardo de Barros
Destacamento da latriteira na margem do rio Lufuta entre Lutembo e G. Coutinho